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Motoqueiros cometem 574 infrações ao dia - Matéria divulgada no Jornal do Commercio




              O Dia do Motociclista foi lembrado ontem em todo o País, inclusive na capital pernambucana, com campanhas educativas voltadas para a conscientização de quem usa a moto como meio de transporte. Balanço das infrações cometidas pelos condutores de motocicletas, elaborado pelo Departamento Estadual de Trânsito de Pernambuco (Detran-PE), no primeiro semestre deste ano, realça a necessidade de mudar a cabeça e, principalmente conduta, de grande parte dos motociclistas que trafegam no Estado. Nos 181 dias que se passaram entre janeiro e junho de 2012, 103.892 infrações cometidas por motoqueiros foram registradas pelos órgãos fiscalizadores. O equivalente a uma média de 574 registros por dia.
Em comparação ao mesmo período do ano passado, a quantidade de delitos de trânsito cometidos pelos motociclistas aumentou 6%. O incremento, de acordo com o diretor de fiscalização e engenharia de trânsito do Detran, Sérgio Lins, não é resultado apenas do aumento da frota de motocicletas em circulação. "É claro que, aumentando a frota, cresce também a quantidade de gente cometendo infrações. Mas a intensificação das fiscalizações municipal e estadual em função da epidemia de acidentes envolvendo motos, contribuiu muito para que os flagrantes fossem registrados."
Ainda segundo o especialista, a criação do Comitê Estadual de Prevenção aos Acidentes de Moto (Cepam), no ano passado, provocou a ampliação do número de infratores punidos. "Com a criação do comitê, temos uma política de Estado que nos permite lutar com mais eficácia contra a epidemia."
A frota de motos que ocupa as vias pernambucanas totaliza 794.529 veículos, correspondentes à 36,6% do total de veículos em circulação. No ano passado, as motos ocupavam a fatia de 36% da frota. Entre as infrações registradas no primeiro semestre deste ano, dirigir sem documentação é a mais recorrente. A ausência de capacete fica em segundo lugar na lista de delitos mais cometidos no período. Já o trânsito acima da velocidade máxima permitida caiu do segundo lugar, posição que ocupava no primeiro semestre do ano passado, para a oitava posição entre as principais causas de multas aplicadas aos motociclistas no Estado.